Circuito Estilo

Casa Cor 2012 RJ

www.circuitogeral.com.br

Showroom Hetty Goldberg

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Lumini - Luz e Arquitetura

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Gória - Foto de Regina Cabral de Mello

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Feira Construir RJ 2011

http://www.feiraconstruir.com.br/

AuDITIONS BRASIL 2012

http://www.anglogoldashanti.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

CASA COR RIO DE JANEIRO 2012



O imóvel localizado na Avenida Rui Barbosa nº 762, que já funcionou como hotel, como internato de uma escola de enfermagem e como alojamento universitário, foi concebido em estilo eclético e inaugurado em 1922. Noventa anos depois, a Casa Cor resgata a sua história através da mostra concebida com base nas moradias mistas, onde espaços com dimensões diferenciadas assumem funções distintas, ocupados por usuários oriundos de diversas procedências, sejam econômicas ou sociais.
Moda, estilo e tecnologia são os temas de Casa Cor 2012 em todo o Brasil.
Esta 22ª edição da Casa Cor Rio de Janeiro define a Moda na Arquitetura como soluções viáveis e práticas na concepção dos mais de 50 ambientes por cerca de 80 profissionais das áreas de arquitetura, design de interiores e paisagismo, de forma elegantemente personalizadas e tecnicamente bem resolvidas, segundo os mais recentes processos evolutivos dos materiais de acabamento, acessórios e equipamentos.
A mostra integra as primorosas características arquitetônicas e estruturais originais – pisos, paredes, tetos, esquadrias e adornos, às soluções e respectivos elementos de composição propostos, e se desenvolve nos quatro pavimentos da edificação principal, segundo as seguintes funções:
(a)    Térreo: hoteleira
(b)   Primeiro piso: residencial
(c)    Segundo piso: comercial
(d)   Terceiro piso: lazer
Nesta cobertura, o Circuito Revista limita o universo de ambientes àqueles que, de alguma forma, permitiram que elementos da arquitetura originais fizessem parte de seu espaço, tirando partido e dinamizando o potencial dos mesmos enquanto composição e harmonia.
A cobertura foi parcial, não contemplando todos os ambientes da mostra.
A leitura dos espaços não pretende descrever o óbvio, mas desvendar, nem que por intuição, um segundo das muitas horas de concepção de seus autores.
A aparência muitas vezes dramática das fotos, contrastando os claros e os escuros, é proposital, com vistas à percepção dos espaços sob a ótica da iluminação artificial.

Lobby – Recepção, por Pedro Paranaguá




Valorização do piso e dos adornos de parede originais, através do forte impacto cromático aplicado às paredes. A suavidade da iluminação ambiente se dá de forma indireta, através de de luminárias esculturais e recursos quase cenográficos que se integram à serralheria do elevador, guarda-corpos da escada, e de forma direta, destacando os elementos decorativos.



Lounge do Hotel, por Gisele Taranto





Assimilação das paredes e esquadrias originais que se integram à ambientação através de suas cores e aspecto deteriorados, potencializada pela grande extensão de patchwork de tapetes orientais, servindo como base neutra para o mobiliário e objetos de estilos distintos que compõem os diversos ambientes. A iluminação principal, direta e difusa, fica por conta de luminárias decorativas sob teto de policarbonato sustentado por estrutura metálica. Destaque para o painel executado com livros junto à estante localizada no ambiente de leitura, em se tratando de uma instalação provisória, primorosa e dramaticamente iluminada, realçando a textura formada pela sobreposição dos volumes.



Living, por Erik Figueira de Mello

 


Territorialidade do espaço definida pela preservação do piso nas áreas de circulação periférica, integrado aos rodapés e alizares dos vãos das portas, todos originais, em madeira, restaurados, acolhendo um grande estar e uma mesa de leitura. Diversas peças de mobiliário, também em madeira, dão tom contínuo ao conjunto, quebrado pela estante de livros em ferro e madeira de tom distinto, compondo com o estilo cenográfico da iluminação direta sob trilhos, por sua vez adornados pela fiação propositalmente exposta, destacando as obras de arte em diversos planos.



Business Center, por Márcia Müller e Julia Abreu





No conjunto formado por quatro ambientes distintos, a partir de um hall de distribuição que conduz aos demais, percebe-se o zelo pelo restauro da carpintaria original através da preservação e exposição total do piso em sua forma natural, da mesma forma que as folhas das janelas. Quanto aos tetos e rodatetos, da mesma forma que alizares, guarnições, rodapés e balaústre de vedação de meia parede, foram cuidadosamente restaurados e pintados. As paredes também foram acabadas de forma criteriosa: as internas, revestidas com papel acamurçado e as periféricas externas, expostas em tijolo maciço original. O mobiliário em madeira e estofaria, seguindo a linguagem do couro, dão tom de sobriedade e aconchego aos ambientes. A iluminação foi tratada de forma pontual e dramática, destacando, ora detalhes arquitetônicos e respectivas texturas, ora mobiliário, objetos decorativos e pontos de leitura de documentos. A luz difusa indireta na grande sala de negócios é promovida por luminárias decorativas tipo móbile. Destaque para detalhe de luz e sombra do balaústre junto ao teto projetado no hall de distribuição.



Sala de Convivência, por Andrea Chicharo





O elemento madeira presente no mobiliário, nas paredes e no objeto decorativo contra a parede contracenam com a estrutura do teto, com as portas e respectivas guarnições e com a escada e seu guarda corpo, também em madeira. A tudo isso, somam-se sofás e chaises como bases neutras em contraste com as almofadas, mantas e mesas de apoio dotadas de cores vibrantes. Destaque para a iluminação que valoriza os elementos e detalhes construtivos originais que, por sua vez, funcionam como aconchegantes rebatedores de luz, acentuando a dimensão por detrás da cenografia. Conjunto de pendentes projeta luz difusa funcional e para destaque dos elementos de circulação vertical originais da edificação.


Estudio 01, por Paloma Yamagata







A porta de acesso original permanece como única lembrança da arquitetura original, como um portal que liga o antigo com o contemporâneo. De resto, um Ovo de Colombo que abriga o estúdio composto por hall de acesso e estar num primeiro nível, mini copa com bar e guarda roupas em nível intermediário e dormitório com banheiro completo no jirau. Esse programa concebido em 18,00 m2 de área em projeção só foi possível devido à verticalização do aproveitamento do espaço e da racionalização da circulação vertical. A escada de acesso ao jirau foi adaptada a partir do modelo concebido por Santos Dumont, cujos degraus foram aproveitados como nichos como suporte de livros e objetos. Visando à maximização do uso do plano horizontal e à eliminação de barreiras visuais, a estrutura do jirau foi concebida a partir de tirante executado com vidro temperado laminado. A arquitetura de interiores entra em segundo plano, não menos tão bem concebida quanto o espaço, antes de tudo, arquitetônica e tecnicamente resolvido. 




 Estúdio da Estilista, por Gabriela Eloy e Carolina Travaglini




O madeiramento do piso, teto e esquadrias originais são familiares ao revestimento de parede, cuja textura, à semelhança dos tijolos maciços, é realçada pela iluminação tangencial. Equipamentos funcionais e objetos de decoração estilo retrô se harmonizam com os equipamentos contemporâneos dotados de design e tecnologia de ponta. O mobiliário em madeira, juntamente com sofás, cadeiras e poltronas clássicas, completa a atmosfera  aconchegante ao estúdio.



Apartamento da Fotógrafa, por Adriana Valle e Patricia Carvalho




A definição do espaço tem como princípio a montagem cenográfica a partir da sobreposição de planos verticais em pinus sobre o piso original em madeira. As tábuas definem ritmo pela sua horizontalidade, ao mesmo tempo em que os veios e marcas aleatórias naturais definem a fluidez inerente à própria madeira.  As paredes relativas à arquitetura original são anuladas pela ausência de cor e iluminação incidente, criando um fundo infinito. As cores primárias dos objetos e equipamentos, em especial, a cor vermelha, quebram uma possível tendência à monotonia cromática. A iluminação, dramaticamente teatral, destaca os elementos decorativos relevantes.



Apartamento Carioca, por Alexandre Lobo e Fábio Cardoso




Madeira contrastando com ferro, alvenaria natural aparente contrastado com papel de parede se passando por natural, elementos decorativos despojados em consonante com a explosão de cores detonadas pela iluminação dirigida e pelos objetos de luz. Sobre o piso de madeira natural original, tapetes que trazem aconchego aos pés dos usuários, sem competir com a base, muito menos ocultá-la como um todo. Tudo isso em harmonia com o jeito carioca de ser.



Loft + Rio, por Luiz Fernando Grabowsky





Como se o pé direito original fosse insuficiente, comparados aos lofts novaiorquinos, as paredes despidas e expondo seu material natural ou ocultas pelas estantes ou pelos pórticos de passagem entre os distintos ambientes, foram segmentadas, escalonadas, e receberam  funções específicas, aumentando, virtualmente, a percepção da verticalidade do espaço como um todo. A diversidade de planos, as cavidades e os planos vazados também chegam aos tetos, aumentando a sensação da continuidade vertical do espaço. Os truques de iluminação e aumentam a profundidade dos nichos, da mesma forma que geram contrastes entre luzes e sombras, contrapondo  com os planos de cores vibrantes das superfícies verticais planas. Um espaço longe de ser simplesmente admirado, mas percebido sob todos os ângulos possíveis e imagináveis.


Studio do Designer, por Dani Parreira e Flávia Santoro




O elemento madeira toma conta da atmosfera do ambiente, não fosse esse elemento a matéria prima a partir da qual o designer desenvolveu sua vasta coleção de peças de mobiliário. O jirau, iluminado cenograficamente, destaca uma das peças ícones do mobiliário brasileiro ao mesmo tempo em que um conjunto de luminárias pendentes, executadas com bancos de ponta cabeça e equipadas com lâmpadas incandescentes, preenche, de forma lúdica, o espaço aéreo correspondente ao pé direito duplo. Os materiais de revestimento de parede e piso, juntamente com os objetos retrô, compõem com os quadros que exibem os croquis de concepção das peças do designer, hoje clássicas e atemporais, integrando o forro e esquadrias em madeira originais do casarão como se houvessem sido projetados especificamente para esse espaço.


Home Office, por Ana Lila Denton e A. Juarez Farias Jr.





Neste espaço, o teto é limitado visualmente por grandes luminárias pendentes que geram uma iluminação uniformemente distribuída. O piso, tão original quanto o teto do imóvel, é quase cem por cento oculto por um gigantesco patchwork de tapetes orientais, atribuindo ao mesmo, aspecto tão desgastado quanto a própria madeira deve ter sido sido através dos tempos. Entre esses dois planos, ao lado de esquadrias, também remanescentes da arquitetura original, foram postos, em estreito e harmonioso convívio, mobiliário contemporâneo, equipamentos de última geração e obras de arte, criteriosamente iluminados, com destaque para o escultórico sistema de iluminação da mesa de trabalho.



Sala de Jogos, por Carlos Murdoch, Geórgia Mantovani e Luciana Sodré




Apesar o estilo futurista da ambientação da sala de jogos, a manutenção das esquadrias originais da edificação foi sedimentada pela conexão feita pelos objetos retrô juntos aos equipamentos de imagem e som e pelas obras de arte que remetem ao grafismo tribal. A atmosfera lúdica fica por conta das esculturas e painéis com temas automobilísticos e ciclísticos e pelas cores estrategicamente lançadas no ambiente.


Foyer do Brigadeiro, por Escala Arquitetura, Carolina Escada e Patricia Landau





O espaço desnudo se basta como arquitetura. Como foyer, tetos, paredes, pisos, esquadrias, todos originais, careciam de critério lógico, conceitual e subjetivo visando à definição dos territórios enquanto local de grande circulação, de descanso, de contemplação e de degustação, até que foram, estrategicamente definidos pelo projeto. A ambientação traz consigo a linguagem da gastronomia e do turismo através dos objetos e utensílios lançados aleatoriamente nas paredes e no chão, sobre o revestimento original ou sobre o tapete, despojadamente multicolorido. Preserva o aconchego e a privacidade dos locais de estar através de barreiras físicas e do próprio mobiliário que, juntamente com obras de arte, foram dispostos de forma imprevisível e inovadora.




Estúdio do Marchand, por Mario Costa Santos, Elaine Amarante e Denise Niemeyer




A contraposição de revestimento de parede à original libera visualmente uma tímida e estreita faixa junto ao teto. Fato este compensado pela disposição de elementos decorativos e de iluminação pendentes estrategicamente lançados, que atraem os olhos para o contraste formado entre os resquícios de alvenaria em tijolo maciço, trilhos e eletrocalhas de suporte às instalações e iluminação e a organização do espaço ao nível do observador.  Em sintonia com o ar elegantemente despojado da ambientação, o revestimento de piso e esquadrias foram preservadas, não fosse a arquitetura do casarão, também uma obra de arte para o marchand.



Flat do Jornalista, por Caco Borges






Madeira, aço, vidro, revestimento como se fosse vidro, vidro como se fosse estrutura. Um mix de materiais como as idéias e focos de interesse de um profissional que, dentro do universo que vive, gosta do bom gosto e da organização de seu espaço de forma personalizada. Um local de trabalho onde o foco é a atividade do momento. Um local para uma refeição ligeira, que não minimiza a sofisticação do seu paladar. Um local para acomodar seus destilados e fermentados e degustá-los em pouca, mas seleta companhia. Um local para leitura de seus periódicos e livros. Um local para higiene e repouso, como se em vigília constante, seu chão transparecesse o universo de seu habitat. Os acabamentos, mobiliário, equipamentos e iluminação não carecem de descrição, mas de observação, pois falam por si só. O conteúdo deste espaço está no programa do flat, concebido de forma personalizada para o jornalista.


A Joia da Casa, por Filippi Sartori, Luciana Arnaud e Mariana Dornelles








O projeto da joalheria nasceu de um programa pré-definido, independente do espaço a ser instalado. O programa é temático e, como todo tema bem desenvolvido, é rico em detalhes. A começar pelos expositores das jóias executados com móveis antigos reciclados, remetendo à memória afetiva dos clientes em total sintonia com o resgate histórico do casarão. Parede tratada como obra de arte, pontuada por fibra ótica em alusão ao brilho das jóias, da mesma forma que o lustre de cristal que, juntamente com sua corrente, remete a uma jóia em escala considerável. Superfícies translúcidas formadas por correntes de bronze que se cruzam numa alusão a instalação de arte consagrada no meio das artes. Contra o calor latente da iluminação artificial e da concentração de pessoas no local, num Rio de Janeiro potencialmente quente, o projeto prevê sistema de ventilação cruzada através de ventiladores de fibra de carbono estrategicamente camuflados. O resquício da arquitetura original fica por conta da preservação das esquadrias originais – um pequeno detalhe tratado como uma jóia.





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